Irma Grese, a "Cadela de Belsen"
Desde a juventude, Irma Grese foi uma entusiasmada apoiadora do ideário nazista e de Adolf Hitler. Seu sonho era entrar para a Liga da Juventude Feminina Alemã, mas seu pai não permitiu. Ainda adolescente, Irma tentou integrar-se ao corpo de funcionários de um sanatório dirigido pela Schutzstaffel - a infame SS, organização paramilitar nazista. Quando completou dezoito anos, ofereceu-se como voluntária para treinamento nos campos de concentração e extermínio nazistas, enfurecendo seu pai, que a expulsou de casa.
Entre 1943 e 1945, Irma atuou como guarda feminina nos campos de extermínio de Ravensbruck, Auschwitz-Birkenau e Bergen-Belsen. Por sua lealdade, dedicação e obediência à causa nazista, ascendeu rapidamente ao posto de supervisora sênior da SS - o segundo posto mais alto que poderia ser ocupado por mulheres na Alemanha Nazista.
Irma foi uma das guardas mais cruéis dos campos de extermínio. Tinha uma predileção especial por torturar mulheres que julgava atraentes, golpeando-as nos seios. Selecionava as judias que considerava mais belas para a câmara de gás e assassinava prisioneiros com tiros a sangue frio sem qualquer motivação aparente. Torturava crianças, frequentemente chicoteando-as até a morte, e tinha o hábito de seviciar prisioneiros na frente dos familiares.
Um dos seus comportamentos mais perversos lhe rendeu o apelido de "Cadela de Belsen". Irma criava cães no campo de Belsen que eram deliberadamente mantidos presos, maltratados e malnutridos para que ficassem ferozes e famintos. Ela então os soltava em cima dos presos, para que fossem devorados pelos animais.
O exército britânico prendeu Irma na primavera de 1945, juntamente com outros 45 nazistas. Em seu quarto, foram encontrados abajures feitos com a pele de três prisioneiros judeus assassinados e escalpelados por ela. Em sua defesa, Irma alegou que estava "apenas obedecendo ordens". Foi julgada em 13 de dezembro do mesmo ano, sendo considerada culpada por crimes de guerra e sentenciada à morte por enforcamento. Suas últimas palavras, dirigidas ao carrasco, foram "seja rápido. O aviador naval britânico Eric Brown, responsável por interrogar criminosos nazistas durante os Julgamentos de Nuremberg, descreveu Irma Grese como "o pior ser humano que eu já conheci".

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