A União Soviética e as nações africanas
As décadas de 1960 e 1970 foram marcadas pelo estreitamento dos laços diplomáticos entre a União Soviética e as nações africanas. Os soviéticos assinaram tratados de cooperação com 37 países africanos e participaram da instalação de cerca de 600 empresas e fábricas no continente. Entre elas, estão, por exemplo, a barragem da Represa de Assuã, no Egito, crucial para a agricultura e o abastecimento energético do país, a Central Hidrelétrica de Capanda, que fornece eletricidade à maior parte de Angola, as usinas do Congo e da Nigéria, entre outros grandes projetos de infraestrutura no continente.
Muitas escolas, centros de saúde e hospitais também foram construídos com recursos soviéticos. Médicos, enfermeiros e educadores soviéticos eram frequentemente enviados para atuar nesses países. Intercâmbios no ensino superior se tornaram frequentes e aproximadamente 60.000 jovens africanos se graduaram em universidades soviéticas.
Por fim, a União Soviética se envolveu diretamente nas guerras de independência do continente, desempenhando um papel crucial em ao menos três conflitos: a Guerra Civil Angolana (1975-1992), onde apoiou o Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA); a Guerra Civil de Moçambique (1977-1992), onde apoiou a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e a Guerra de Ogaden, entre a Etiópia e a Somália (1977-1978).
Comentários
Postar um comentário