Acordos da Alemanha nazista

Em 1939, o líder soviético Josef Stalin procurou o primeiro-ministro britânico, Neville Chamberlain, e seu homólogo francês, Eduard Daladier, para propor a assinatura de uma aliança militar entre as três nações contra a Alemanha Nazista. A iniciativa, entretanto, não vingou, principalmente devido à forte oposição do premier inglês. Chamberlain, que recentemente havia assinado um tratado de não agressão com Hitler e cedido parte do território da Checoslováquia aos nazistas durante o Acordo de Munique, era um anticomunista hidrófobo e a simples ideia de uma cooperação com Stalin lhe causava profunda repugnância.

Em março de 1939, Chamberlain declarou: "Devo confessar a mais profunda desconfiança em relação à Rússia. Não acredito em sua capacidade de manter uma ofensiva eficaz, mesmo que quisesse. E desconfio dos seus motivos, que me parecem ter pouca ligação com as nossas ideias de liberdade". O nazismo, por sua vez, não parecia preocupá-lo. O acordo firmado durante o caloroso encontro entre Chamberlain e Hitler em Munique foi o terceiro pacto assinado entre ingleses e nazistas ao longo dos anos trinta. De modo semelhante, Daladier mostrou-se desinteressado em uma aliança com a União Soviética para combater a Alemanha, reticente quanto a ideia de que os nazistas fossem de fato piores do que os comunistas. A essa altura, a França já havia assinado dois acordos militares com Adolf Hitler.

Como França e Inglaterra não mostraram interesse, Moscou interrompeu as conversações em 21 de agosto de 1939. Ciente de que o conflito com os nazistas era apenas uma questão de tempo, Stalin concordou em assinar um tratado de não agressão com a Alemanha para obter tempo hábil e preparar as tropas soviéticas. O acordo incluía um protocolo secreto sobre a divisão da Polônia. O objetivo da divisão era criar um estado-tampão entre a Alemanha Nazista e o território soviético, além de um corredor para o Exército Vermelho utilizar quando o conflito entre os dois países tivesse início.