Guerra do Vietnã (II)


Civis carregando crianças com a pele queimada, fugindo do vilarejo de Trang Bang, incendiado com napalm por militares dos Estados Unidos. Vietnã do Sul, 8 de junho de 1972.

Embora o emprego de armas químicas em guerras tenha sido banido pelas Convenções de Haia em 1899, sendo formalmente considerado um crime de guerra, os Estados Unidos fizeram uso indiscriminado de armas químicas durante a Guerra do Vietnã - não apenas contra alvos militares, mas sobretudo contra a população civil. As armas químicas mais utilizadas pelos Estados Unidos foram o napalm e o agente laranja.

O napalm (mistura de naftenato de alumínio e palmitato de alumínio mono e di-hidroxilados) consiste em um líquido inflamável à base de gasolina gelificada, utilizado como arma incendiária e explosiva. Apelidado de "fogo líquido", o napalm foi empregado em larga escala para destruir vilarejos, cidades e outros alvos civis, causando centenas de milhares de mortes.

O agente laranja, por sua vez, é uma mistura de dois herbicidas extremamente tóxicos e cancerígenos. Foi utilizado como desfolhante para destruir as plantações vietnamitas. Mais de 80 milhões de litros de agente laranja foram despejados sobre o Vietnã, afetando mais de 4,8 milhões de pessoas. Até hoje, regiões inteiras do Vietnã continuam sofrendo de enfermidades como câncer, malformações congênitas e síndromes neurológicas.

Em resposta à devastação dos ataques estadunidenses no Vietnã, a Convenção da ONU sobre Armas Convencionais proibiu o uso de armas incendiárias em 1980, por considerá-las "excessivamente lesivas e geradoras de efeitos indiscriminados".

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