Partido Comunista dos Estados Unidos
Manifestação do Partido Comunista dos Estados Unidos (CPUSA) no Dia do Trabalhador. Filadélfia, 1º de maio de 1935.
Com a crescente pressão anticomunista exercida pelo macartismo e pela histeria da "ameaça vermelha", o Partido Comunista dos Estados Unidos passou a ser alvo de frequentes perseguições e ataques. Milhares de membros do partido foram presos, filiados imigrantes foram deportados e algumas lideranças chegaram a ser assassinadas. Em 1954, o presidente estadunidense Dwight Eisenhower sancionou o Ato de Controle do Comunismo, que bania o Partido Comunista e criminalizava filiação, participação e mesmo o mero apoio a toda e qualquer organização com "tendências socialistas, comunistas ou marxistas".
O ato legislativo que baniu o Partido Comunista dos Estados Unidos foi posteriormente considerado inconstitucional em tribunais federais, por ferir a liberdade de expressão e de filiação partidária. A brecha permitiu que a agremiação voltasse a existir em termos legais. Entretanto, a Suprema Corte dos Estados Unidos jamais se pronunciou sobre a matéria. Em consequência disso, o Partido Comunista dos Estados Unidos segue até os dias de hoje com o status incerto, de "clandestinidade tolerada".
Curiosamente, ao mesmo tempo em que que restringem a atuação política do Partido Comunista, os Estados Unidos permitem a existência legal de organizações que têm por objetivo a difusão do racismo, do discurso do ódio e o incentivo à intolerância contra minorias. É o caso das associações civis ligadas à Ku Klux Klan que, a despeito do histórico de atos terroristas, linchamentos e assassinatos de negros, são autorizadas a operar e legalmente protegidas pela "liberdade de expressão" garantida no texto da Primeira Emenda.
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