Paul Robeson na União Soviética
Paul Robeson, ator, cantor e ativista dos direitos civis afro-americano, é recebido por populares durante sua visita à União Soviética em 1934.
Ativista antifascista, antirracista e adepto dos ideais socialistas, Robeson foi duramente perseguido pela doutrina macartista e alvo constante de vigilância e investigações conduzidas pelo FBI. Em 1934, Robeson viajou para a União Soviética e se impressionou com a diferença de mentalidade dos cidadãos soviéticos em comparação aos estadunidenses, sobretudo em relação às questões raciais. Sobre essa visita, o ator declararia posteriormente que foi a primeira vez em que se sentiu tratado com dignidade humana: "Na União Soviética, não há preconceito de cor como no Mississippi, não há preconceito de cor como em Washington. Foi a primeira vez que eu me senti como um ser humano".
A União Soviética foi o primeiro país do mundo a criminalizar a discriminação racial. A Constituição Soviética de 1936 decretava, em seu 123º artigo, que todos os cidadãos eram iguais em direitos "independentemente de sua nacionalidade ou raça, em todas as esferas do Estado, seja economicamente, na vida cultural, social ou política" e que qualquer limitação direta ou indireta desses direitos, incluindo ações motivadas por ódio racial, seriam punidas pela lei.
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