Campanha Nacional de Alfabetização de Cuba


Milhares de jovens voluntários das brigadas de alfabetização celebram a bem sucedida campanha de erradicação do analfabetismo. Havana, Cuba, dezembro de 1961.

Em abril de 1961, por iniciativa de Fidel Castro e sob a coordenação de Che Guevara, o governo cubano lançou a Campanha Nacional de Alfabetização. As escolas foram fechadas por um ano e estudantes voluntários, cursando da 6ª série em diante, foram organizados nas Brigadas Estudantis. Sob orientação de tutores e com o apoio de materiais didáticos elaborados pelo governo, os estudantes eram então enviados para todas as regiões de Cuba para alfabetizar a população não letrada. Em paralelo, criou-se a Brigada dos Alfabetizadores Populares, composta por adultos alfabetizados que se voluntariavam a ensinar colegas de trabalho, vizinhos e familiares a ler e escrever, e a Brigada Pátria ou Morte, com profissionais pagos lecionando nas áreas mais remotas.

A campanha cubana é considerada um dos mais bem sucedidos esforços de erradicação do analfabetismo da história. A taxa de analfabetismo caiu de 38% para 3,9% em apenas oito meses. Em 22 de dezembro de 1961, Cuba foi declarada "Território Livre do Analfabetismo".

Em reconhecimento ao sucesso da campanha, a UNESCO concedeu a Cuba o Prêmio de Alfabetização Rei Sejongue. O projeto cubano foi replicado em outras 15 nações. Milhares de alfabetizadores cubanos seguiram como voluntários para coordenar campanhas similares no Haiti, Nicarágua e Moçambique.

Cuba tem hoje a menor taxa de analfabetismo das Américas e uma das menores do mundo.

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