Gestão Bruno Covas (I)


Em dezembro de 2018, poucas semanas após assumir a prefeitura de São Paulo - abandonada por seu tutor político, João Dória, recém-eleito governador do estado -, o prefeito Bruno Covas sancionou o projeto de lei 17.020 que criava a Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos do Município de São Paulo - o SampaPrev.

A lei aprovada por Covas autoriza a privatização do sistema previdenciário dos servidores municipais, instituindo o regime de capitalização. Com a lei, a alíquota de contribuição dos servidores subiu de 11% para 14% e a prefeitura deixou de ser obrigada a repassar sua parcela de 22% dos vencimentos do servidor - diminuindo sensivelmente o valor das aposentadorias. A prefeitura também extinguiu a integralidade salarial e criou faixas de rendimento, a partir das quais poderia confiscar até 20% do salário de cada trabalhador.

Os servidores reagiram imediatamente, sobretudo os professores da rede municipal. Diversas categorias entraram em greve e organizaram uma série de manifestações e atos junto à prefeitura e à Câmara dos Vereadores. Bruno Covas e João Dória se negaram a negociar e responderam com truculência, enviando a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana para massacrar os manifestantes.

Em 26 de fevereiro de 2019, o prefeito foi confrontado por professores que realizaram um protesto durante sua visita à subprefeitura de Guaianases. Bruno Covas ordenou às forças de segurança que dispersassem a manifestação a base de cassetetes, balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio. Enquanto era escoltado por seus seguranças na saída da subprefeitura, Covas sorria para os professores reprimidos pela polícia e mandava beijos irônicos.

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