A Segunda Guerra Mundial em 20 pinturas soviéticas e russas

A Segunda Guerra Mundial foi um tema frequentemente retratado pelos artistas soviéticos e russos desde a segunda metade do século XX. Conheça 20 pinturas de expoentes do modernismo, do realismo soviético e da arte russa contemporânea que sintetizam a história da "Grande Guerra Patriótica", registrando o horror, a desesperança, a resistência e as celebrações da vitória.


1: "Defesa da Fortaleza de Brest", de Piotr Krivonogov (1951).

A obra representa a primeira das batalhas da Operação Barbarossa - i.e., a invasão da União Soviética pela Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

Localizada na Bielorrússia, a Fortaleza de Brest foi heroicamente defendida pelo Exército Vermelho, que conseguiu repelir os ataques da Wehrmacht ao longo de uma semana, tornando-se um símbolo da resistência soviética durante a chamada "Grande Guerra Patriótica". Após uma série de bombardeios aéreos da Luftwaffe, os nazistas tomaram a fortaleza, mas os soviéticos, organizados em bolsões dispersos de combatentes, seguiram lutando ao longo de várias semanas. Mais de 2.000 soldados soviéticos tombaram durante a ação.


2: "Tempos Difíceis", de Nikolay Prisekin (1984).

Uma alegoria da destruição e morte espalhados pelas tropas nazistas durante a Operação Barbarossa.


3: "O Adeus de Slavianka", de Konstatin Vasiliev (1974).

A pintura tem o mesmo nome de uma célebre marcha patriótica russa, escrita em homenagem às mulheres que acompanhavam seus maridos até a partida para a guerra. A marcha era bastante popular já nos tempos do império e segue sendo uma das marchas militares mais conhecidas na Rússia moderna.


4: "Camaradas", de Boris Tarelkin (1983).

Uma tocante representação de um soldado do Exército Vermelho despedindo-se do um colega morto em batalha, recém sepultado.



5: "Carta para a Mãe", de Nikolay But (1970).

A melancolia, a saudade e a incerteza sobre o futuro são magistralmente representadas nas feições do soldado que escreve uma carta para sua mãe nessa composição de influência impressionista.



6: "A Mãe do Partisan", de Sergei Gerasimov (1943-1950).

A coragem e heroísmo do povo soviético, tanto nos campos de batalha, nos grupos de partisans ou atrás das linhas inimigas, tornou-se um dos temas mais célebres da pintura soviética durante os anos quarenta. A obra de Gerasimov é uma ode à bravura e heroísmo da mulher soviética, que não se deixa intimidar pelo horror nazifascista. A mãe do partisan (i.e., um civil soviético que se juntou à resistência antifascista armada) encara o soldado nazista com altivez e coragem, sem se submeter às suas ordens, mesmo sabendo das consequências prováveis, referenciadas pela terra arrasada ao fundo e pelos corpos caídos no chão.



7: "Operação Noturna", de Fyodor Usypenko (1958).

Uma cena de combate noturno entre tropas nazistas e a artilharia do Exército Vermelho.



8: "Irmã de Misericórdia", de Marat Samsonov (1954).

Uma homenagem à bravura das "Irmãs de Misericórdia", como eram chamadas as enfermeiras do Exército Vermelho, que frequentemente se arriscavam no campo de batalha para resgatar soldados feridos.



9: "Sede", de Anatoly Shorokhov (2009).

Uma visão de "bastidor" do campo de batalha: enfermeiras atendendo combatentes feridos e soldados saciando a sua sede.




10: "A Defesa de Sebastopol", de Aleksandr Deyneka (1942).

A pintura de Deineka não é uma representação realista do Cerco de Sebastopol, mas uma imagem simbólica do choque entre duas forças implacáveis: uma massa de invasores obscuros, sem face, contra os vistosos guerreiros soviéticos - marinheiros vestindo reluzentes trajes brancos.




11: "Natasha Kachuevskaya - Heroína do Exército Vermelho na Batalha de Stalingrado", de Irina Baldina (1984).

A obra é uma homenagem à enfermeira soviética Natasha Kachuevskaya. Durante a Segunda Guerra Mundial, Natasha salvou a vida de 20 soldados do Exército Vermelho à custa de sua própria vida. Ela resgatou os soldados e os escondeu em uma trincheira, mas foi cercada por militares nazistas. Natasha lutou sozinha contra os alemães até sua munição acabar. Em seguida, ela permitiu que os inimigos se aproximassem e detonou sua última granada, sacrificando-se e levando os nazistas consigo.




12: "Ás Abatido", de Alexandre Deineka (1943).

A obra representa um piloto caindo em terra após seu avião ter sido abatido.




13: "A Tomada do Monte Sapun", de Pyotr Maltsev (1958).

O Monte Sapun serviu de sede a uma fortificação alemã durante a batalha para libertar Sebastopol, em maio de 1944. Foram necessárias muitas horas e o derramamento de muito sangue soviético para tomar o local dos nazistas. Depois de perder esse ponto-chave, os alemães logo perderam a cidade inteira e foram obrigados a recuar.




14: "Vitória", de Yevsey Moiseenko (1972).

Um retrato emotivo e ambivalente de uma vitória obtida a um custo elevado. Sem tempo para comemorar, o soldado trata de carregar seu companheiro ferido.




15: "A Rendição de Berlim", de Pyotr Krivonogov (1946).

Pintada apenas um ano após a Queda de Berlim, a obra retrata a rendição incondicional dos militares nazistas ao Exército Vermelho. Os soldados alemães caminham em fila ao lado dos militares soviéticos, que tem sob seus pés os as bandeiras e pavilhões nazistas.




16: "O Fim", do coletivo Kukryniksy (1947-1948).

Kukryniksy era a denominação de um coletivo derivado dos nomes combinados de três artistas: Mikhail Kupriyanov, Porfiri Krylov e Nikolai Sokolov. A obra retrata os momentos finais de Hitler, que se suicidaria após a tomada de Berlim pelo Exército Vermelho.




17: "Vitória", de Pyotr Krivonogov (1948).

Uma representação da comemoração dos soldados soviéticos após a derrota da Alemanha Nazista, em frente ao Reichstag.




18: "Triunfo da Pátria Vitoriosa", de Mykhaylo Khmelko (1949).

A obra retrata a cerimônia de prostação dos estandartes nazistas em frente ao Mausoléu de Lenin, durante a Parada da Vitória em Moscou.




19: "Desaparecido em Ação. 1946", de Andrey Gorsky (1962).

No pós-guerra, a representação da dor e do luto em uma notificação de desaparecimento em ação a uma mãe.




20: "O Último Adeus", de Igor Kravtsov (2010).

Veteranos de guerra e espíritos dos combatentes que já se foram se encontram para a despedida de um soldado.



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