Shawn Skelly
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, nomeou a veterana transgênero Shawn Skelly para participar da equipe de transição que avaliará o Departamento de Defesa.
Shawn Skelly é mestre em segurança nacional e estudos estratégicos, formada pela Escola de Guerra Naval. Atuou durante 20 anos na Marinha dos Estados Unidos, onde ocupou o posto de oficial de voo naval e aposentou-se como comandante. Atuou nos conflitos militares conduzidos pelos Estados Unidos no Oriente Médio, como a Guerra do Afeganistão e a Guerra do Iraque. Entre 2013 e 2016, ocupou os cargos de secretária executiva e assistente especial no Departamento de Defesa, sendo responsável por atender requisições urgentes dos militares estadunidenses atuando nas intervenções conduzidas pelo governo Obama.
A nomeação de Shawn Skelly é um ótimo exemplo de como as causas identitárias são cooptadas pelos liberais estadunidenses para interditar críticas e revestir com ares de progressismo os aspectos mais perversos do imperialismo. Certamente não faltam profissionais trans que se destacam em áreas como cultura, educação, saúde e direitos humanos que poderiam coordenar iniciativas positivas de integração e emancipação. Mas a prioridade é vincular representatividade e progressismo à ideia de poder mandar transexuais para matar e morrer pelos interesses da plutocracia estadunidense. É uma maneira extremamente eficaz de bloquear a discussão sobre o imperialismo e intervencionismo e desmobilizar setores da esquerda liberal e dos movimentos identitários, que preferem fazer vistas grossas ou até defender a pauta do intervencionismo se estiver encoberta pelo falso verniz da representatividade.
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