Pogroms de Lviv

Cena dos pogroms de Lviv: Uma mulher judia, despida à força, tenta fugir de um grupo jovens que a perseguem com pedaços de pau. Lviv, Ucrânia, 1º de julho de 1941.

Os pogroms de Lviv foram uma série de massacres cometidos contra a comunidade judaica da cidade de Lviv, após a ocupação da Ucrânia pelas tropas da Alemanha Nazista. A invasão alemã foi celebrada por vários grupos de nacionalistas ucranianos, notabilizados pela sua colaboração com o regime nazista - sobretudo pelas milícias agrupadas em torno da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN), sob a liderança de Stepan Bandera.

Embora os Einsatzgruppen (esquadrões da morte nazistas subordinados à SS) tenham participado dos ataques, foram os próprios nacionalistas ucranianos que perpetraram a maioria dos massacres. Turbas de populares também participaram ativamente dos linchamentos, influenciados por uma teoria da conspiração que asseverava que os judeus haviam inventado o comunismo para destruir a civilização, as tradições familiares e os valores cristãos.

A Organização dos Nacionalistas Ucranianos e a Polícia Auxiliar Ucraniana marcaram as entradas das casas de judeus e colaram cartazes nas sinagogas onde se lia: "vamos colocar suas cabeças aos pés de Hitler". Os judeus foram espancados e humilhados publicamente. As mulheres eram despidas à força e estupradas barbaramente. Mais de 5.000 judeus morreram durante os pogroms de Lviv e outros milhares foram deportados para campos de extermínio. Estima-se que mais de um milhão de judeus ucranianos foram mortos pelos nazistas e colaboradores locais durante a Segunda Guerra Mundial. O massacre só foi encerrado após a União Soviética retomar o controle do território em 1944.

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