Tesouros do Museu Nacional: as múmias brasileiras
A mulher teria entre 24 e 26 anos e 1,48 metro de altura. Um dos bebês era um recém-nascido - tinha aproximadamente um mês de vida. O outro tinha um ano de idade. O conjunto datava de aproximadamente 680 anos antes do presente, precedendo a chegada dos europeus na América. As múmias eram de indígenas do tronco dos botocudos, da etnia Maxakali, Kanacam ou Makuni. Junto aos corpos havia ossos, bolsas trançadas em fibras, rede de dormir, uma conta grossa e uma cruz de fios. Embora os corpos tenham sido encontrados juntos, não há como afirmar com certeza que eram mãe e filhos.
As múmias brasileiras foram encontradas na Caverna da Babilônia, no município de Goianá, Minas Gerais, em 1871. O local era certamente utilizado como cemitério pelos povos pré-colombianos. Restos mortais de outros 14 indivíduos foram encontrados no interior da caverna, mas foram levados para a Europa por pesquisadores e sua localização atual é desconhecida. A dona da fazenda onde as múmias foram encontradas, Maria José de Santana, doou o conjunto ao imperador Dom Pedro II. O monarca retribuiu a gentileza concedendo à doadora o título de Baronesa de Santana.
As múmias posteriormente passaram para a coleção do Museu Nacional, onde permaneceram por mais de um século, até serem destruídas no incêndio de 2 de setembro de 2018.
Comentários
Postar um comentário