Minha Casa, Minha Vida


Um conjunto de 500 moradias populares entregues pelo programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" na cidade de Rosário, Maranhão.

O programa "Minha Casa, Minha Vida" foi criado em março de 2009, no segundo mandato do governo Lula, como parte do Plano Nacional de Habitação, iniciativa que visava combater o déficit habitacional do Brasil. O projeto foi elaborado com a participação de representantes de movimentos sociais como a União Nacional por Moradia Popular (UNMP), o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) e a Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam).

A meta inicial do programa era construir um milhão de moradias para a população de baixa renda, com aquisição parcial ou integralmente subsidiada pelo poder público via Caixa Econômica Federal. A concepção do programa é característica das políticas públicas implementadas durante o segundo mandato de Lula, buscando responder às demandas sociais e ao mesmo tempo fomentar expansão da indústria da construção civil e a geração de empregos. O programa foi substancialmente expandido durante o governo Dilma Rousseff, passando a englobar novas faixas de renda.

O programa teve um impacto muito positivo na diminuição do déficit de moradias, tornando-se o mais amplo programa habitacional da história do Brasil. Ao todo, 14,7 milhões de brasileiros adquiriram um imóvel por intermédio do Minha Casa Minha Vida, o equivalente a 7% da população do país. Mais de 5.200 municípios foram atendidos pelo programa, que contou com aporte de 234 bilhões de reais e gerou milhões de empregos no setor da construção civil.

Desde a gestão Temer, o programa sofreu sucessivas alterações e cortes sistemáticos no financiamento de moradias para as famílias de baixa renda. No governo Bolsonaro, o programa foi extinto, sendo substituído pelo "Casa Verde e Amarela". O novo programa teve uma redução da dotação orçamentária de mais de 80% e extinguiu o financiamento de imóveis para famílias de baixa renda (a chamada faixa um, que concentrava 70% dos investimentos). O novo enfoque do programa passou a ser o financiamento de imóveis para a classe média/média-alta. Os estados do Nordeste foram os que sofreram os maiores cortes de investimentos.

Comentários

  1. Você é um cara extremamente necessário. Um verdadeiro influenciado digital!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Othon Pinheiro, Lava Jato e Programa Nuclear Brasileiro

Explosão da Base de Alcântara

Evolução do PIB per capita da antiga União Soviética