Reconhecimento internacional do Estado da Palestina
Em 15 de novembro de 1988, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), sob a presidência de Yasser Arafat, proclamou oficialmente a independência do Estado da Palestina, tendo como base o desenho das fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, travada entre Israel e os países da Liga Árabe em 1967. O país é oficialmente uma democracia parlamentarista. O poder executivo é exercido pela Autoridade Nacional Palestina (ANP) e o Conselho Legislativo da Palestina é o parlamento. Desde 2007, entretanto, o governo está dividido entre os dois principais partidos. O Fatah, principal legenda de esquerda, domina o bolsão da Cisjordânia e reconhece Mahmoud Abbas como presidente legítimo da Palestina. Já o Hamas, maior movimento de direita, governa a Faixa de Gaza, sob a liderança de Aziz Duwaik. O Estado da Palestina reivindica Jerusalém Oriental como sua capital, mas a cidade está inteiramente sob controle de Israel. Ramallah e a cidade de Gaza sediam os centros administrados "de facto".
A Palestina é um Estado não-membro observador da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2012, após aprovação pelo plenário da resolução 67/19 (138 votos a favor, 9 contrários, 41 abstenções). Ao todo, 138 dos 193 países-membros da ONU reconhecem o Estado da Palestina com as fronteiras pré-1967 (70,5% dos países-membros). O reconhecimento da legitimidade do Estado da Palestina é quase consensual entre os países em desenvolvimento. Por outro lado, quase todos os países capitalistas desenvolvidos (Estados Unidos, Canadá, nações da Europa Ocidental, Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul) seguem rejeitando o reconhecimento da Palestina. O Brasil reconheceu oficialmente o Estado da Palestina com as fronteiras pré-1967 em 3 de dezembro de 2010, no fim do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. O Brasil foi o segundo país sul-americano a reconhecer o Estado da Palestina, precedido apenas pela Venezuela. O reconhecimento brasileiro ensejou um efeito dominó diplomático, encorajando a maioria dos países da região a seguirem a decisão. Desde 2011, o Brasil sedia a primeira embaixada palestina inaugurada nas Américas.
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