Abdughappar Abdurusul
É um milagre! O empresário uigur Abdughappar Abdurusul concede uma entrevista para a rede de televisão CGTN em março de 2020, diretamente de sua residência em Gulja, na Região Autônoma de Xinjiang na China. Dois anos antes, em 2018, a ONG europeia "World Uyghur Congress", dedicada a "promover a democracia e os direitos humanos para o povo uigur", informou que Abdurusul havia sido sentenciado à pena de morte e executado enquanto estava preso em um campo de concentração para uigures. A "morte" de Abdurusul foi "confirmada" por um relatório sobre direitos humanos na China publicada pelo governo dos Estados Unidos em 2019.
Conforme a ONG, a execução de Abdurusul teria sido uma punição por uma peregrinação não autorizada do empresário à Arábia Saudita, como parte de uma política institucional de repressão à religião muçulmana e de genocídio do povo uigur. Abdurusul confirmou a viagem, mas informou que, além de estar vivo, não ficou preso em lugar nenhum.
Sediada na Alemanha, a ONG "World Uyghur Congress" é financiada com recursos do "Fundo Nacional para a Democracia" (NED, no acrônimo inglês) — órgão do governo dos Estados Unidos responsável por fomentar ações de interesse geopolítico e econômico sob o disfarce de "promoção da democracia", incluindo golpes de Estado, operações de desestabilização e mudança de regime, financiamento de grupos extremistas, etc.
A "ressurreição" e os dados divergentes sobre a prisão de Aburusul não são inéditos. ONGs e imprensa ocidental também noticiaram as mortes e detenções dos uigures Nurmehmet Tohti, Zharqynbek Otan, Sayragul Sauytbay, Mutellip Murmehmet. Dois deles morreram em decorrência de problemas de saúde, os demais estão vivos. Nenhum dos quatro jamais esteve detido.
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