A Revolta das Barcas
Manifestantes depredam e incendeiam as mansões da família Carreteiro, responsável por gerir o serviço das barcas, durante a chamada Revolta das Barcas. Niterói, 22 de maio de 1959. O levante, insuflado pelo descontentamento com o serviço prestado pelo Grupo Carreteiro, forçou o governo federal a estatizar as barcas da Baía de Guanabara. Até 1974, quando foi inaugurada a Ponte Rio-Niterói, o único serviço de transporte ligando as cidades de Niterói e Rio de Janeiro eram as barcas que faziam a travessia da Baía de Guanabara. O serviço era prestado por empresas privadas desde o século XIX e tornava-se cada vez mais demandado, graças à rápida urbanização do Rio de Janeiro — então capital federal e local de trabalho de boa parte dos moradores de Niterói. Em 1953, as duas empresas que controlavam o transporte aquaviário na Baía de Guanabara — a Companhia Cantareira e Viação Fluminense — foram adquiridas pela Frota Barrero S/A, uma subsidiária do Grupo Carreteiro. A empresa pertencia à aristo